A Petrobrás vai triplicar a participação no mercado brasileiro de etanol, atualmente na faixa de 5%. Meta é introduzir um regulador estatal no setor e evitar oscilações de preços e de oferta, habituais nos períodos de entressafra. Mediação estatal ajudará ainda a ordenar contratos e evitar o pêndulo que desloca produção das usinas para o refino de açúcar, sempre que a exportação dessa commoditie se torna vantajosa, em detrimento do abastecimento doméstico de etanol. A solução para o mercado de etanol reduzirá a contaminação inflacionária decorrente da especulação com açúcar nas bolsas de Chicago e Nova Iorque. Efeito semelhante foi obtido pela Argentina, para todos os produtos agrícola exportáveis, ao estabelecer um imposto que anula o ganho de sobrepreço propiciado pela especulação externa, evitando-se o nivelamento no mercado nacional. Esta semana, a Cepal elogiou o modelo argentino apontando-o como uma opção às pressões inflacionárias originárias da especulação com alimentos. A vantagem evidente é que, agindo sobre as causas do problema, o país não precisa girar a manivela dos juros para destruir a demanda doméstica e, assim, conter a inflação.
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