domingo, 8 de maio de 2011

Os Bric não são mais emergentes, diz criador do termo

Os quatro países conhecidos como Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – deixaram para trás o status de economias emergentes e precisam ser vistos como uma categoria à parte, informou nesta quinta-feira (31/03) o criador do termo, Jim O'Neill. Presidente da gestora de ativos da Goldman Sachs na Grã-Bretanha, O'Neill cita como exemplos de avanço a China e o Brasil, que estão entre as sete maiores economias do mundo com os outros dois muito próximos na lista.

"É cada vez mais claro para mim que se referir as quatro nações dos Bric como emergentes não faz mais sentido", disse o economista. "Os Bric, junto com alguns outros países, merecem um status diferente de muitos outros que podem ser corretamente classificados como mercados emergentes", destacou. O'Neill ressaltou ainda que o Brasil se tornou a sétima economia do mundo "dez anos antes do que eu pensava".

Recentemente a Goldman Sachs reclassificou os quatro países, que passaram a ser chamados de "mercados de crescimento" nos relatórios da consultoria. Nessa categoria, estão também Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia – entretanto, "muito longe" dos Bric em termos de importância econômica, escreve Jim O'Neill no Times.

O economista criou o termo Bric para ressaltar a força econômica dos quatro grandes emergentes na virada do século. Mas de lá para cá o passo do crescimento desses países tem superado as expectativas. A estimativa é que o tamanho dos Bric supere o do G7 – o grupo de países mais industrializados do mundo – por volta de 2027, cerca de dez anos antes do previsto, diz O'Neill.

Até o fim desta década, os Bric devem alcançar um PIB (Produto Interno Bruto) combinado de 25 trilhões de dólares, comparado com cerca de 11 trilhões de dólares atualmente e cerca de 3 trilhões de dólares no início do século, afirmou O'Neill. "Em algum momento nesta década, eles superarão, juntos, os Estados Unidos. Meu palpite é que isso poderia ocorrer em torno de 2017-2018."

O economista diz que ser reclassificado de "mercados de crescimento" não implica que Brasil, Rússia, Índia e China "vão crescer todos os anos". "Eles crescerão em ciclos, como todos os outros. O que queremos com isso é indicar que, à medida que a economia global continue rastejando nessa década, a proporção deles no PIB global deve aumentar."


Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticia/OS+BRIC+NAO+SAO+MAIS+EMERGENTES+DIZ+CRIADOR+DO+TERMO_10865.shtml

Nenhum comentário: