A presidenta Dilma Rousseff desafiou intelectuais, militantes e simpatizantes do PT, além de artistas e dos brasileiros em geral, a repensarem o Brasil, durante o ato comemorativo pelos 32 nos da legenda, nesta sexta-feira, do qual ela compareceu na companhia de 18 ministros.
Ao rever a trajetória do partido, Dilma afirmou que, primeiro nos estados e municípios e, nos últimos nove anos, também no governo federal, o PT tem enfrentado o desafio de combater a desigualdade e criar oportunidades para os brasileiros.
“Tivemos enormes avanços em termos desemprego, de renda, de educação de saúde. Mas, nós não somos pessoas de nos contentarmos com o até aqui logrado. Nós somos daqueles que acham que é possível avançar mais”, afirmou.
Ela lembrou que o governo atual é formado por uma coalizão de partidos, estruturados em torno de um programa que foi submetido à vontade popular e saiu vitorioso nas últimas eleições. “Essa coalizão tem se revelado leal e eficaz na sua tarefa de mudar o Brasil. Mas este é também um governo do PT, seu principal partido de sustentação”.
Por isso, embora o momento fosse de festa, a presidenta chamou seus companheiros à responsabilidade. “Ao governo cabe realizar seu programa com os olhos postos no presente e no futuro. Ao partido, cabe apoiar este governo que é seu, mas também exercer sobre ele a arma da crítica”, cobrou.
Dilma afirmou que uma grande transformação está em curso no país. “[A transformação] deve ser acompanhada por um grande movimento de ideias, como aquele que tivemos nos anos 1930, com Gilberto Freire, Sérgio Buarque [de Holanda], Caio Prado [Jr.], e mais recentemente, com Celso Furtado.”
A presidente fez a defesa da educação como vetor de transformação do país e justificou a responsabilidade imposta aos companheiros. “O PT tirou 40 milhões de pessoas da pobreza. Temos a obrigação de lhes prestar serviços públicos de qualidade”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não pode comparecer ao evento em função do tratamento de saúde que faz para curar um câncer, enviou uma mensagem aos companheiros, que foi lida pelo presidente do PT, Rui Falcão.
“Eu queria muito estar em Brasília com vocês. No entanto, meu tratamento de saúde entrou em etapa final. Devo manter a rigorosa para que a cura seja completa e eu volte o mais rápido possível à militância social e política, que tanto nos apaixona e mobiliza.”
Segundo Lula, o PT tem motivos de sobra para orgulhar-se de sua trajetória e de suas conquistas. “Cumprimos, com razoável êxito, os principais eixos contidos no documento de fundação. O chamado modo petista de governar renovou profundamente a cultura democrática do país, tornando-o mais republicano e participativo”.
Rui Falcão lembrou que o Brasil é, hoje, o diferencial no mundo, porque encontrou uma solução para enfrentar a crise econômica mundial que não se baseia nas políticas neoliberais que fazem os trabalhadores pagarem as dívidas dos banqueiros.
Segundo ele, a oposição, que está sem projeto e sem rumo, recolocou na ordem do dia o debate sobre as privatizações, o que só demonstra as diferenças do modo petista de governar. “O PT ajudou a mudar o país. E o PT mudou também. Mas o nosso lado é o mesmo: o lado dos trabalhadores e trabalhadoras”.
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