sexta-feira, 1 de abril de 2011

GASTO DO GOVERNO COM JUROS BATE RECORDE. MAS PALOCCI AINDA QUER MAIS, DIZ ESTADÃO...

O pagamento de juros da dívida pública alcançou uma cifra recorde no primeiro bimestre deste ano: R$ 38,4 bilhões. É o maior valor já desembolsado desde 2001. Em 60 dias foram destinados ao rentismo o equivalente a exatos dois anos e meio de Bolsa Família, o programa que beneficia 50 milhões de brasileiros. Dentro do governo há posições conflitantes em relação à sangria. Nos últimos meses, cresceram os sinais de que Dilma começa a romper o lacre da ortodoxia para adotar um caminho gradualista de combate à inflação, sem choque de juros nem recessão, apesar das pressões ferozes de interesses financeiros postados dentro e fora do governo. A sinalização vai no sentido de dilatar o prazo para trazer a inflação à meta de 4,5% e preservar o crescimento, ao menos na faixa de 4% ao ano. A coalizão ortodoxo-rentista, fortemente representada no noticiário econômico torce pelo fracasso dessa estratégia. Segundo o Estadão desta 6º feira, o maior expoente dessas forças dentro do governo seria o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, que defende um choque de alta de juros para reduzir a inflação e o crescimento do País. Do outro, encontra-se ministro da Fazenda, Guido Mantega, que resiste ao receituário do desastre ortodoxo e por isso é fuzilado pela mídia com fofocas de bastidores destiladas de dentro do governo. Falta nesse braço de ferro a voz das entidades e partidos que representam o principal estuário de uma ou outra receita: a população brasileira.Com a palavra a CUT, o PT e demais organizações populares.
(Carta Maior; 6º feira, 01/03/2011)

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