Folha.com
Advogado de lobista diz que Erenice não teve influência em contratos do governo
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
O advogado do lobista Fábio Baracat disse nesta quinta-feira que não houve influência da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra nas licenças e contratos que a empresa representada pelo consultor conseguiu no governo federal.
Segundo Douglas Silva Telles, houve apenas um encontro "social" com a ex-ministra da Casa Civil, cujo filho, Israel Guerra, é apontado como um lobista dentro do governo e prestou assessoria à empresa de Fábio Baracat.
Segundo a revista Veja, o filho da ex-ministra cobrou R$ 5 milhões para viabilizar contratos com o governo entre a empresa aérea MTA e os Correios, além de conseguir a licença da Anac para realizar o serviço --Baracat atuou como representante da empresa.
"Não existe nenhuma atuação do Fábio aqui em Brasília do ponto de vista de influência. De fato, ele conheceu a ministra socialmente, e de fato ele utilizou os serviços do Israel aqui em Brasília por meio da Capital. Isso efetivamente aconteceu", disse o advogado.
Baracat prestou depoimento nesta quinta-feira por mais de 6 horas e saiu sem falar com a imprensa. Segundo o advogado, não há acusações contra Erenice Guerra, braço direito da presidenciável Dilma Rousseff (PT).
(Baracat prestou depoimento onde?)
"Não houve nenhuma acusação em relação à ministra. Existe um contexto e o que foi dito ocorreu dentro de um contexto. Ele [Baracat] teve relacionamento com o Israel pela Capital Assessoria. Foi emitido nota e foi paga essa nota pela prestação de serviço aqui em Brasília", disse o advogado Douglas Telles.
O advogado disse ainda que a contratação dos serviços do filho da ex-ministra era "comercial", sem influência política. "A questão do Fábio era comercial, de aquisição de uma empresa que acabou tomando um viés político muito forte. Uma questão comercial acabou se tornando um grande episódio político", disse Telles.
De acordo com o advogado, o filho da ex-ministra foi contratado para prestar assessoria jurídica no setor aéreo. "No primeiro momento, ele [Baracat] tinha que fazer a renovação da empresa aqui em Brasília. Assim como existia uma assessoria jurídica em São Paulo, tinha que existir uma assessoria aqui, por conta de custos, operacional, o trâmite, o conhecimento das normas administrativas perante a Anac e Infraero", disse o advogado.Fonte: http://advivo.com.br/blog/luisnassif/a-versao-do-lobista-baracat
Nenhum comentário:
Postar um comentário