O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rejeitou, nesta segunda-feira (14), a possibilidade de que algum país adote, sozinho, ações militares contra o governo da Líbia. Os Estados Unidos têm pressionado a comunidade internacional por uma ação no país, que sofre protestos e conflitos armados desde fevereiro. Qualquer tipo de medida militar teria de passar pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), disse Patriota.
"Não haverá intervenção militar unilateral, decidida por um país ou por um conjunto de países", afirmou Patriota, durante conversa com jornalistas em São Paulo. O chanceler informou ter conversado, na noite de domingo (13), com a Alta Representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Catherine Ashton, que lhe assegurou que o bloco de nações não tomará nem aceitará que seja tomada qualquer medida sem o aval do Conselho de Segurança.
Patriota afirmou ter ficado extremamente satisfeito com a posição dos europeus, pois considera que é necessário discutir coletivamente os próximos passos a serem dados na crise da Líbia, país no qual a contestação ao ditador Muammar Khadafi vem sendo duramente reprimida.
Patriota defendeu que é preciso aguardar os efeitos provocados pelas sanções aprovadas no fim de fevereiro. Na ocasião, a ONU determinou o embargo à venda de armas aos líbios e o congelamento de contas de Khadafi e de vários de seus colaboradores em todo o mundo. Além disso, o massacre de civis por partidários do atual governo será julgado pelo Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda.
"Não são medidas suaves. São medidas muito fortes adotadas por consenso pela comunidade internacional e apenas a implementação dessas medidas já requer um trabalho que exige um acompanhamento próximo".
Rede Brasil Atual
Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/internacional-1/chanceler-brasileiro-rejeita-intervencao-militar-unilateral-na-libia-47501.html
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