Mulher de José Serra, Monica, e o companheiro de chapa do tucano, deputado Índio da Costa DEM-RJ), comandaram ontem, no comitê da campanha, na capital de São Paulo, uma reunião em que obtiveram de aproximadamente 30 pastores o compromisso de que realizarão reuniões em suas congregações para acusar a petista Dilma Rousseff de cultuar valores condenados pela igreja. Os religiosos se comprometeram também a recomendar o voto em Serra.
“Conseguimos uma virada no primeiro turno e não queremos que essa onda cristã seja interrompida. Existem muitos católicos e evangélicos que votaram na outra candidata e ainda não perceberam o risco que correm. Vamos alcançar agora esse eleitorado que está com ela”,afirmou ao jornal O Globo o deputado Arolde de Oliveira (DEM-RJ), que participou da reunião convocada por Indio e é um dos colaboradores de Serra na cruzada pelo voto dos cristãos.
A ideia é convencer os fiéis de que, com Dilma,serão legitimados o aborto e direitos reivindicados pelos homossexuais.
“Temos que alertar as pessoas que votaram nela sobre os riscos que o programa de governo do PT representa para a liberdade de expressão. Ela já conseguiu maioria no Congresso nesta eleição e vai aprovar no ano que vem, se eleita, todas essas questões. O único jeito de impedirmos é agora no segundo turno.
Temos que dizer isso para quem ainda não entendeu”, disse Oliveira.
Participaram do encontro, entre outros, representantes da Igreja Batista e da Assembleia de Deus.
O próprio Serra, segundo O Globo, não esteve na reunião. Em entrevista, o candidato disse que o que o incomoda no debate sobre o aborto não é ser favorável ou contra essa prática, mas a mentira de caráter eleitoral.
"Sempre fui contra o aborto. Há pessoas que são a favor. O que está em questão nessa campanha não é ser contra ou a favor, é a mentira. Quem é a favor, de repente diz que é contra por motivos eleitorais. Isso que eu acho errado. Cada um tem suas crenças, e a gente deve respeitar a crença das pessoas. Agora, a questão é dizer a verdade".
Serra defendeu que neste segundo turno devem ser debatidos valores morais, como a verdade. Na mesma entrevista, mentiu três vezes, pelo menos.
Disse que não ofereceu ministérios ao PV em troca do apoio no segundo turno; que não está pressionando o PV para aderir à sua candidatura; e que oferecer cargos em troca de apoio não é do seu feitio.
Fonte: http://elinalvabastos.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário