segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Em nota, senador eleito pelo PSOL-AP contesta críticas


Em nota enviada à Carta Maior, Randolfe Rodrigues, senador eleito pelo PSOL-AP, contesta críticas à posição do partido na eleição no Amapá, feitas em artigo publicado nesta página. "Causou-me espécie as expressões equivocadas e tendenciosas do último parágrafo do citado artigo, tais como : “projeto fisiológico de poder no PSOL”, “declarações contraditórias” a mim atribuídas, bem como “críticas de outros diretórios e de expoentes nacionais do PSOL”. Reafirmo minhas convicções para os leitores de Carta Maior: me orgulho de ter firmado aliança com Lucas Barreto, pois esta atitude decidida pelo Diretório Estadual, em nada feriu o programa e o ideal do PSOL".

Nota enviada à redação da Carta Maior por Randolfe Rodrigues, senador eleito pelo PSOL-AP:

Com relação ao artigo “O final do segundo exílio do Capi”, de autoria de Fábio Fonseca de Castro, publicado em Carta Maior de 02/11/2010, solicito que seja veiculado o texto a seguir para que se restabeleça a verdade dos fatos, tão prezada por esta agência:

1: Fui eleito Senador pelo Amapá com mais de 203 mil votos (a segunda maior votação proporcional do país) sem coligação com nenhum outro partido, mas em aliança com o candidato do PTB ao governo, Lucas Barreto.

2: Lucas Barreto foi um candidato independente, não vinculado a nenhuma máquina de governo e não contou com o apoio do Senador José Sarney e nem de nenhum outro senador. Os candidatos do Senador Sarney no pleito foram os mesmos que receberam o apelo de Lula na TV para que os amapaenses neles votassem: o Ex-governador Waldez Góes (PDT) e o Senador Gilvam Borges (PMDB).

3: O fato de Sarney não ter participado da eleição para o governo é referendado pela matéria “Sarney ‘lava as mãos’ nas eleições do Amapá” de Menezes y Morais, da agência IG, publicada em 02/11/2010. Na reportagem é revelado que o Ex-Presidente Sarney sequer votou para governador: “ao sair na escola Antonio Pontes, em Macapá, onde votou, Sarney revelou que votou apenas em Dilma, presidenta eleita. Não disse por que se absteve de votar para governador do Estado.”

4: Informo ainda que nos esforçamos para reeditar a coligação PSB-PSOL que disputou as eleições para a Prefeitura de Macapá em 2008. Nossa intenção foi negada pelo PSB com a afirmação de que jamais a esquerda poderia eleger dois senadores no Amapá, reservando-me tão somente uma vaga para disputar a eleição para Deputado Estadual. Como se viu, a esquerda conseguiu eleger dois senadores: eu em primeiro e o Senador João Alberto Capiberibe em segundo, com 138 mil votos.

5: Pelo exposto, causou-me espécie as expressões equivocadas e tendenciosas do último parágrafo do citado artigo, tais como : “projeto fisiológico de poder no PSOL”, “declarações contraditórias” a mim atribuídas, bem como “críticas de outros diretórios e de expoentes nacionais do PSOL”. Reafirmo minhas convicções para os leitores de Carta Maior: me orgulho de ter firmado aliança com Lucas Barreto, pois esta atitude decidida pelo Diretório Estadual, em nada feriu o programa e o ideal do PSOL . Desejo sinceramente que Camilo faça um bom governo, colocando nosso mandato à disposição para o bem do Amapá. Anseio que Capi e Janete tenham confirmadas suas eleições no STF, para fazer valer a vontade do povo. Minhas posições políticas e ideológicas sempre foram e permenecerão sendo diametralmente opostas às sustendadas pelo Senador Sarney.

Atenciosamente,
Randolfe Rodrigues
Senador Eleito pelo PSOL-AP


Fonte: http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17164

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