O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), qualificou ontem como um "expediente de deliquentes" o novo ataque de crackers ao site do Partido dos Trabalhadores, ocorrido na tarde de quarta-feira (14). Ao condenar o ataque, o líder disse esperar que o PSDB nada tenha a ver com a ação e pediu atenção ao partido de oposição para que a campanha não descambe para a baixaria. "Queremos fazer uma campanha de debates e não com tais expedientes, com o uso do nome do PSDB para atacar a candidata Dilma, interferindo na nossa comunicação", disse Ferro.
Os crackers deixaram uma mensagem favorável ao pré-candidato tucano à Presidência da República e redirecionaram a página do PT ao endereço do partido de oposição. No domingo, o portal do PT já havia sido objeto de outro ataque, com a inserção de vírus.
Fernando Ferro afirmou que prefere não acreditar que a sabotagem esteja vinculada ao PSDB, "porque não é o estilo que nós queremos" e ainda não contribui para o ambiente do debate."Queremos debater projetos e não participar desse expediente de delinquentes e de criminosos, que estão utilizando de propaganda falsa, enganosa, para provocar exatamente um clima de acirramento, o qual não queremos e não achamos importante".
O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PT-PR), também disse esperar que a candidatura adversária não esteja estimulando este tipo de comportamento de "desocupados" que passam o dia estudando como invadir sites. "Seria péssimo para a democracia", disse Vargas.
O coordenador da pré-campanha de Dilma Rousseff nas redes sociais da internet, Marcelo Branco, denunciou que o ataque desta quarta-feira teria sido orquestrado por parte de apoiadores do tucano José Serra à petista. Para ele, o portal do PT foi alvo de um "atentado político".
Pela manhã, Dilma foi bombardeada com centenas de mensagens agressivas em seu twitter. "Não posso afirmar que isso seja organizado pela campanha do Serra. Espero que não. Mas são seguidores dele com certeza. Todos usam o logotipo ou a camiseta dele no avatar (imagem do usuário)", disse Marcelo Branco.
Segundo Branco, o texto desta quarta-feira é apenas um exemplo. "É pura baixaria. Eles usam palavrões, termos baixos", disse. Segundo ele, há indícios de que muitos dos autores dos ataques usam perfis falsos no Twitter. "São perfis que têm três ou quatro seguidores, criados há poucos dias", afirmou. "Além disso ficam repetindo o mesmo texto ou variantes. Não tenho dúvida de que é um ataque orquestrado", disse.
No vocabulário da internet os autores destes ataques são chamados "trolls", ou seja, provocadores, cuja intenção é perturbar o candidato e tirar o foco do debate principal. "Tenho orientado nossos seguidores a não entrarem no jogo destes trolls. Representamos um governo que tem 76% de aprovação e para nós o que interessa é o debate político e de projetos",afirmou.
Guerra suja
O PT divulgou nota nesta quarta-feira (14) dizendo que o portal do partido na internet foi alvo de um ataque virtual. Segundo a empresa responsável pela manutenção do site, o portal foi alvo da "inserção de iframes maliciosos em vários arquivos". O primeiro ataque aconteceu às 3h05 de domingo e fez com que o site ficasse fora do ar por 24h.
Liderança do PT (www.ptnacamara.org.br)
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