sábado, 12 de novembro de 2011

Um desafio a memória da UESC

Geralmente, toda época de eleição acontece algo do tipo...

Tem coisas que são obrigação de um prefeito, para que ele faça, no mínimo, uma gestão razoável. Porém, alguns desses gestores não fazem praticamente nada a gestão inteira. Só quando estão perto das eleições decidem fazer, DE FORMA ATROPELADA, aquelas coisas que deveriam ser sua obrigação durante todo o seu mandato. Calçam ruas, tapam buracos, cortam a grama, pintam meio fio, dentre outros, de forma que dure até passar o período do pleito – para em outra eleição fazer a mesma coisa. Desafiam a memória do eleitorado, só para causar a falsa impressão que fizeram alguma coisa durante os anos que só governaram para resolver os interesses dos seus.

Qualquer semelhança com a Universidade Estadual de Santa Cruz NÃO é mera coincidência.

Depois de um longo tempo com o Restaurante Universitário (RU) funcionando a R$ 4,50 (valor inacessível para muitas pessoas); depois de um bom tempo com RU sem uma estrutura mínima (se antes já estava ruim, quem está indo comer no RU agora, depois que aumentou o contingente -principalmente em dias de chuva- sabe do que estou falando); depois de uma ocupação legítima feita pelos estudantes exigindo a comida a preço acessível e mais uma série de melhorias; DEPOIS DA ATUAL GESTÃO TER 8 ANOS PARA MUDAR ESSA SITUAÇÃO... A reitoria (Adélia e Joaquim), junto com o campo majoritário do DCE (UJS e PSOL), se aproveitaram para, NA BOCA DA ELEIÇÃO PARA REITOR, tentar tirar vantagem e iludir a comunidade acadêmica, lançando 400 almoços (mesmo com péssimas refeições e estrutura) a preço de R$ 1,00.

A implementação dessa ação é resultado - ou melhor, ganho - da ultima greve, que foi realizada pelos professores, estudantes e técnicos ligados a movimentos verdadeiramente de LUTA em defesa da Universidade Pública, gratuita e qualidade.

A reitoria se omitiu perante a greve: falou no começo que dava razão aos professores, e logo em seguida arrancou os portões com o pretexto que iria consertá-los – mas eles foram encontrados quase no final da greve, abandonados pelos cantos da UESC, e em pior estado do que estavam antes de serem retirados com essa desculpa esfarrapada. E, a prova maior que a reitoria se omitiu perante o corte de gastos do Governo do Estado (o que ocasionou a greve) é que no CONSEPE do dia 02/09/11, o Reitor Joaquim afirmou que não teria problemas termos mais cortes e congelamentos de verbas daqui para a frente, pois isso já estava acontecendo a três anos, e a UESC estava funcionando “normalmente” - só se for para ele, que vive trancado na torre, viajando, ou envolvido com a ABRUEM (associação que Joaquim é mais presidente dela do que reitor da UESC).

Não nos esqueçamos que essa tentativa desesperada de (tentar) fazer o que não conseguiu, DURANTE 8 ANOS, tem como pano de fundo A CANDIDATURA DO ATUAL REITOR À PREFEITURA DE ILHÉUS, e também a intenção de GARANTIR SEU GRUPO NO PODER POR MAIS 4 ANOS.

Para organizarmos nosso presente, e planejarmos bem o nosso futuro, é preciso que conheçamos bastante o nosso passado - pois tudo que faremos hoje, ou amanhã, é feito com o resultado que veio de ontem. É fundamental que essa ponderação seja feita, pois não é uma questão de “pura e simples reclamação”, ou de “não reconhecimento de ganhos”. É uma questão de atentarmos para o que vem sendo feito (no nosso passado e presente), e as tentativas OPORTUNISTAS e ELEITOREIRAS de nos dar uma falsa memória, ou ilusão, de que a atual reitoria da UESC (Adélia[a atual candidata] e Joaquim) vem trabalhando a nosso favor. Só assim conseguiremos nos planejar e trabalhar para que escolhas melhores sejam feitas, e que tenhamos um futuro mais proveitoso e digno PARA TODOS, e sem pessoas que desafiem nossa memória e nossa inteligência.

O Coletivo 13 de maio assina esse texto

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