Tem coisas que são obrigação de um prefeito, para que ele faça, no mínimo, uma gestão razoável. Porém, alguns desses gestores não fazem praticamente nada a gestão inteira. Só quando estão perto das eleições decidem fazer, DE FORMA ATROPELADA, aquelas coisas que deveriam ser sua obrigação durante todo o seu mandato. Calçam ruas, tapam buracos, cortam a grama, pintam meio fio, dentre outros, de forma que dure até passar o período do pleito – para em outra eleição fazer a mesma coisa. Desafiam a memória do eleitorado, só para causar a falsa impressão que fizeram alguma coisa durante os anos que só governaram para resolver os interesses dos seus.
Qualquer semelhança com a Universidade Estadual de Santa Cruz NÃO é mera coincidência.
Depois de um longo tempo com o Restaurante Universitário (RU) funcionando a R$ 4,50 (valor inacessível para muitas pessoas); depois de um bom tempo com RU sem uma estrutura mínima (se antes já estava ruim, quem está indo comer no RU agora, depois que aumentou o contingente -principalmente em dias de chuva- sabe do que estou falando); depois de uma ocupação legítima feita pelos estudantes exigindo a comida a preço acessível e mais uma série de melhorias; DEPOIS DA ATUAL GESTÃO TER 8 ANOS PARA MUDAR ESSA SITUAÇÃO... A reitoria (Adélia e Joaquim), junto com o campo majoritário do DCE (UJS e PSOL), se aproveitaram para, NA BOCA DA ELEIÇÃO PARA REITOR, tentar tirar vantagem e iludir a comunidade acadêmica, lançando 400 almoços (mesmo com péssimas refeições e estrutura) a preço de R$ 1,00.
A implementação dessa ação é resultado - ou melhor, ganho - da ultima greve, que foi realizada pelos professores, estudantes e técnicos ligados a movimentos verdadeiramente de LUTA em defesa da Universidade Pública, gratuita e qualidade.
A reitoria se omitiu perante a greve: falou no começo que dava razão aos professores, e logo em seguida arrancou os portões com o pretexto que iria consertá-los – mas eles foram encontrados quase no final da greve, abandonados pelos cantos da UESC, e em pior estado do que estavam antes de serem retirados com essa desculpa esfarrapada. E, a prova maior que a reitoria se omitiu perante o corte de gastos do Governo do Estado (o que ocasionou a greve) é que no CONSEPE do dia 02/09/11, o Reitor Joaquim afirmou que não teria problemas termos mais cortes e congelamentos de verbas daqui para a frente, pois isso já estava acontecendo a três anos, e a UESC estava funcionando “normalmente” - só se for para ele, que vive trancado na torre, viajando, ou envolvido com a ABRUEM (associação que Joaquim é mais presidente dela do que reitor da UESC).
Não nos esqueçamos que essa tentativa desesperada de (tentar) fazer o que não conseguiu, DURANTE 8 ANOS, tem como pano de fundo A CANDIDATURA DO ATUAL REITOR À PREFEITURA DE ILHÉUS, e também a intenção de GARANTIR SEU GRUPO NO PODER POR MAIS 4 ANOS.
Para organizarmos nosso presente, e planejarmos bem o nosso futuro, é preciso que conheçamos bastante o nosso passado - pois tudo que faremos hoje, ou amanhã, é feito com o resultado que veio de ontem. É fundamental que essa ponderação seja feita, pois não é uma questão de “pura e simples reclamação”, ou de “não reconhecimento de ganhos”. É uma questão de atentarmos para o que vem sendo feito (no nosso passado e presente), e as tentativas OPORTUNISTAS e ELEITOREIRAS de nos dar uma falsa memória, ou ilusão, de que a atual reitoria da UESC (Adélia[a atual candidata] e Joaquim) vem trabalhando a nosso favor. Só assim conseguiremos nos planejar e trabalhar para que escolhas melhores sejam feitas, e que tenhamos um futuro mais proveitoso e digno PARA TODOS, e sem pessoas que desafiem nossa memória e nossa inteligência.
O Coletivo 13 de maio assina esse texto
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